Distante 457 km da capital, Teresina, a
cidade tem população de 4.826 habitantes segundo o último Censo do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que conta com
três equipes do Programa Saúde da Família. Cada equipe tem além de
vários profissionais da área da saúde, um médico, sendo que na cidade
duas das equipes eram compostas pelas médicas cubanas.
“Elas vieram para a cidade para suprir a
demanda e acabar com o problema de falta de médicos para a população,
mas não foi isso o que aconteceu. Desde o princípio, elas já chegaram
botando empecilhos para trabalhar na cidade. Reclamaram da hospedagem
nos hotéis, por isso as abriguei em minha casa até acharmos uma casa do
contento delas, para alugarmos”, conta o prefeito José Lopes.
Populares esperam por atendimento de cubano
Ainda segundo o prefeito, mesmo depois de
hospedadas como desejavam, as médicas faltavam constantemente ao
trabalho e não avisavam. “Era um problema, porque a população precisa do
atendimento e as vezes não tinha. Elas também se recusavam a atender as
pessoas que não fossem pré-agendadas. Se tivéssemos um caso de uma
criança que ficou doente há poucos dias, elas não o atendiam”, descreve
José Lopes.
Para o prefeito, as profissionais cubanas
não supriam as necessidades do município. “Se por acaso, em um dia
tivesse uma fila maior, e os atendimentos passassem um minuto do horário
de trabalho delas, elas largavam os pacientes no consultório e saiam.
Deveria prevalecer pelo menos uma ética profissional, agir com bom sendo
e terminar o atendimento. Por isso, a população acabou ficando
descontente com elas”, afirma o prefeito.
O gestor declara ainda que foi um dos
primeiros do estado a aderir ao programa. “A primeira médica chegou a
cidade em dezembro de 2013 e a outra em janeiro de 2014. Pensávamos que
tudo ia melhorar e não sobrecarregaríamos mais o único médico do
município, mas não foi o que aconteceu. Não sou contra o programa,
acredito que, apenas, não tivemos sorte com as profissionais que vieram
para cá”, revela José Filho.
José Filho diz que no mês de julho, as
médicas abonaram os postos de trabalho. “Elas simplesmente saíram da
cidade, recebemos um comunicado que uma estaria tratando de uma alergia
que adquiriu na cidade e a outra veio para a capital (Teresina) para
acompanhá-la. O detalhe é que essa outra médica, apenas abandou o posto
de trabalho e não comunicou nada para Prefeitura”, reclama.
Comissão do Programa
Segundo a Comissão Estadual do Programa Mais Médicos o pedido de desligamento da Prefeitura de Caridade foi solicitado no dia 5 de junho deste ano. O pedido já foi enviado ao Ministério da Saúde, em Brasília, e aguarda apenas ser protocolado, para que a cidade seja oficialmente desligada do programa.
Segundo a Comissão Estadual do Programa Mais Médicos o pedido de desligamento da Prefeitura de Caridade foi solicitado no dia 5 de junho deste ano. O pedido já foi enviado ao Ministério da Saúde, em Brasília, e aguarda apenas ser protocolado, para que a cidade seja oficialmente desligada do programa.
Ainda segundo a Comissão, as médicas
cubanas que atuavam no município estão em Teresina. A comissão confirmou
que uma das profissionais está fazendo um tratamento contra uma alergia
e a outra está como acompanhante.
Sobre os problemas relatados pelo
prefeito, a Comissão informou que as médicas relataram que desde o
início tiveram problemas com a administração municipal e negaram ter
abandonado ou faltado ao posto de trabalho. Após a desistência do
programa pela cidade de Caridade, as médicas cubanas serão remanejadas
para outros municípios.
Fonte: G1
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