Pesquisa inédita encomendada ao Ibope
Inteligência pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República
revela que no hábito de consumo de mídia da população brasileira, o
consumo de Internet apresenta uma crescente. A televisão ainda se mantém
na ponta, porém a hegemonia é menor entre jovens de 16 a 25 anos.
A
“Pesquisa Brasileira de Mídia 2014” é um documento elaborado a pedido
da Presidência para subsidiar a elaboração da política de comunicação e
divulgação social do Executivo federal. Foram analisados os diferentes
meios de comunicação e, ao final, o índice de confiança da população na
mídia.
O
meio de comunicação preferido dos brasileiros é a televisão, com 76,4%,
seguida da internet, com 13,1%. Na faixa etária de 16 a 25 anos, no
entanto, a preferência pela TV cai para 70%, enquanto que pela internet
sobre 25%. Se os mais jovens apontam para essa preferência, a tendência
de crescimento para a internet é maior que para televisão.
Parte
da vice-liderança da internet se explica pelo custo do acesso, nível de
escolaridade e interação com ferramentas tecnológicas. A maioria dos
brasileiros (53%) ainda não acessa a rede, mas a proporção de cliques
cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados.
Enquanto
21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo
acessam a rede semanalmente, a proporção sobre para 75% se analisados
aqueles com renda superior a cinco salários mínimos. A mesma relação se
repete quando a pesquisa mensura os acessos à internet em casa. Entre os
respondentes com renda superior a cinco salários mínimos, 78% tem
acesso à web em casa, enquanto o acesso em domicílio do grupo com menos
de um salário mínimo de renda se limita a 16%.
No
recorte escolar, 87% dos entrevistados com nível superior disseram
acessar a internet pelo menos uma vez por semana – 84% dos domicílios
deste grupo têm acesso à web. Em contraste, apenas 8% dos entrevistados
que cursaram até a 4ª série têm contato com a rede mundial de
computadores ao menos uma vez por semana.
A
principal plataforma de conexão com a internet é o computador (84%),
seguido pelos smartphones (40%) e pelos tablets (8%). O trabalho de
campo “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014” foi realizado entre 12 de
outubro e 6 de novembro do ano passado com 18.312 brasileiros em 848
municípios. A margem de erro estimada é de 1 ponto percentual, assumindo
o intervalo de confiança de 95%. Apesar de a pesquisa mostrar hábitos
de consumo de mídia, a verba de publicidade do governo continuará sendo
definida por dados de audiência, como o comScore, por exemplo.
Redes sociais encabeçam preferência na internet
O
documento divulgado nesta sexta-feira pela Presidência da República
aponta um comportamento curioso dos internautas. Mesmo em busca por
informação, os sites de notícias ficam atrás do Facebook como fonte
principal de acesso. Outras redes sociais, como Twitter e Instagram
também entram na lista dos veículos lembrados pelos entrevistados.
A
pesquisa adotou a metodologia de respostas espontâneas, isto é, os
entrevistados deram as respostas que vieram à mente – sem alternativas
listadas – sobre os veículos acessados. Foi perguntado qual site, blog
ou rede social eram acessados pelos respondentes nos dias úteis, nos
fins de semana e também qual veículo era buscado quando o entrevistado
queria se informar. Nas três perguntas, o Facebook ficou em primeiro,
seguido de portais de notícias.
No
comparativo com outras mídias, os entrevistados confiam menos nas
informações de internet. Apenas 22% confiam sempre ou muitas vezes nos
blogs (20% não confiam de jeito nenhum). Na vice-lanterna aparecem as
redes sociais com índice de confiança (somando-se os que se declaram
confiar sempre ou muitas vezes) em 24%. Os sites ficam com 28% do índice
de confiança alta. Para efeitos de comparação, os jornais impressos
apresentam um percentual de respondentes que declararam confiar sempre
ou muitas vezes em 53%.
Fonte: Terra
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