Na semana do Dia dos Namorados,
crescem as denúncias de mulheres vítimas de ameaças após paqueras via
WhatsApp e no Facebook. Nesta segunda-feira (9), mais uma caso foi
registrado na Delegacia da Mulher. Uma adolescente de 18 anos conheceu
um rapaz pelo WhatsApp e o que era para ser uma história de amor acabou
se transformando em um conto de terror.
Foto: Yala Sena
Ela foi mantida em cárcere privado na cidade de São Luis, sofreu agressões físicas e torturas psicológicas.
A Delegada Vilma Alves disse que as maiores denúncias são de paqueras de São Paulo e Rio Grande do Sul.
A
adolescente de iniciais M. J. S pediu proteção à Delegacia da Mulher.
Ela disse que está sendo ameaçada de morte por um homem que conheceu na
rede social e que manteve um relacionamento no mês passado.
A
jovem, que mora na zona Sul de Teresina, diz que viajou a São Luís para
conhecer o pretendente, mas a aventura virou um pesadelo.
“Uma
amiga minha me adicionou num grupo de WhatsApp. Eu comecei a conversar
com ele e ele me convidou para ir para São Luís. Passei três dias na
casa dos pais dele, quando tudo começou a piorar. O pai dele me xingou e
expulsou da casa e ele alugou um apartamento todo gradeado no bairro
Paço do Luminar”, afirmou.
A
jovem descreve que a partir daí, o seu namorado, identificado como
Richard Dem Anderson Rodrigues Macedo, de 22 anos, ficou com um
comportamento mais agressivo. “Depois disso, eu disse que ia embora, mas
ele não deixou. E disse que eu só sairia de perto dele se fosse morta. A
partir daí ele, ele me bateu várias vezes, me jogava no chão, mordia e
tentou me matar enforcada”, descreveu.
M.J.S.
ficou na capital maranhense do dia 17 de maio e só conseguiu fugir, com
ajuda de vizinhos, no dia 5 de junho. “Teve uma vez que ele me bateu e
eu gritei, os vizinhos ouviram e aproveitaram um dia ele saiu para me
ajudar a escapar. Só consegui trazer uma bolsa. Minhas roupas e até o
histórico escolar ficaram lá. Agora ele está com meu chip, depois que
quebrou meu celular e liga para todas as minhas amigas, querendo saber
onde estou. Tenho medo que ele faça algo”, declara a jovem.
A
garota diz que Richard liga muito educado para as amigas e muitas vezes
se passa por delegado, dizendo que está investigando o caso do
desaparecimento dela. “Eu tenho medo porque ele sempre se passa por uma
pessoa boa, mas ele não é”, destaca.
Recomendações da delegada
• Investigar procedência do paquera;
• Pedir telefones pessoais e do trabalho;
• Não viajar sem ter certeza que a pessoa é de confiança;
• Se viajar, avise os pais, amigos e deixe endereços e telefones;
• Não ceder fotos e imagens sensuais;
• Não fornecer dados da família
Fonte: Cidade Verde
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