Com o apoio da maioria das confederações dos continentes, o atual mandatário encontrava maior oposição da UEFA, já que o presidente europeu, Michel Platini, foi o mentor do pedido para tentar evitar a reeleição. Joseph Blatter, porém, que está no poder desde 1998 e já acumula 39 anos de carreira na Fifa, conseguiu convencer os representantes das confederações de que a medida não seria viável.
Desta forma, o presidente tem caminho livre para chegar ao quinto mandado consecutivo, mesmo diante de escândalos de corrupção que relacionam o seu nome, como, por exemplo, a escolha de Catar como sede da Copa de 2022. A rejeição ao mandatário, aliás, ficou comprovada na Copa das Confederações do ano passado, quando Joseph Blatter foi muito vaiado ao fazer seu discurso na abertura da competição, ao lado da presidente Dilma Roussef.
Ao longo do Congresso da Fifa, que teve início nesta terça-feira, o presidente afirmou que não estava fazendo campanha, mas não deixou de agradar aos possíveis eleitores em seus discursos. Antes do debate com relação ao limite de idade para candidatura, Blatter anunciou uma bonificação dobrada para os representantes de cada federação associada.
Cada país receberá US$ 700 mil (cerca de R$ 1,6 milhão) da Fifa, enquanto as confederações continentais têm direito a US$ 7 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões). Os gastos apenas com estes ‘presentes’, portanto, chegam a US$ 200 milhões, mas podem ser explicados não só pela vontade de Blatter, mas também pelo alto valor de lucro da entidade máxima do futebol nos últimos anos.
Ao anunciar a medida que vai beneficiar todas as 209 federações e receber aplausos fervorosos, Blatter defendeu que o esporte vem proporcionando uma grande lucratividade para a Fifa. Se em 2002 a entidade apresentava um déficit de US$ 11 milhões, o fechamento de 2013 apresenta US$ 3,1 bilhões em ativo e US$ 1,3 bilhão em receita. Em 20 anos, em que o atual mandatário esteve na presidência na maior parte do tempo, os lucros aumentaram em 20 vezes.
Fonte: Gazeta
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