O Índice do Custo de Vida (ICV), na
cidade de São Paulo, medido pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ficou em 0,61%, em
fevereiro. Essa elevação foi 1,34 ponto percentual menor do que a
registrada em janeiro (1,95%). No acumulado de 12 meses, a taxa teve
alta de 6,75% e neste ano 2,57%.
De
um total de dez grupos pesquisados, sete apresentaram aumentos com
destaque para alimentação (1,26%), saúde (0,78%), equipamento doméstico
(0,51%) e transporte (0,44%). Nos demais grupos ocorreram as seguintes
variações: educação, leitura e recreação (0,33%), despesas diversas
(0,73%), despesas pessoais (-0,09%), vestuário (-0,22%) e recreação
(-0,81%).
Os
itens alimentícios acumulam aumento de 2,66% neste ano e os que mais
subiram de preço em fevereiro foram os in natura e semielaborados
(2,49%). As hortaliças ficaram em média 20,41% mais caras e entre elas a
alface com alta de 25,01%. Já os legumes tiveram reajuste médio de
12,24%. Só o chuchu ficou 32,68% mais caro; a vagem teve elevação de
19,73% e a berinjela, 16,80%.
As
frutas eram encontradas por preços em média 6,19% acima do registrado,
em janeiro, e algumas das principais variações foram: pêssego (12,73%);
ameixa (9,80%); laranja (9,46%) e melancia (9,06%). No mesmo período,
houve queda de preços do abacate (-18,98%); da pêra (-6,11%) e do limão
(-4,29%).
Entre
as raízes e tubérculos com alta de 2,53% houve expressiva elevação da
beterraba (17,87%), cenoura (12,25%), mandioca (3,14%) e cebola (2,84%) e
queda no caso da batata (-0,50%) e mandioquinha (-0,20%).
Os
cortes de carne bovina passaram a custar 1,36% mais enquanto os de
suína caíram 0,34%. O leite in natura apresentou alta de 0,56%; os grãos
teve recuo de 0,62% como reflexo do feijão com redução de 5,34% que
acabou compensando o aumento de 1,03% do arroz e de 2,55% em outros
grãos. No segmento de aves e ovos ocorreu diminuição de 1,85% e foram as
aves que influenciaram o resultado ao cair 2,96%. Já os ovos tiveram
acréscimo de 3,34%.
Os
alimentos processados apresentaram recuo de 0,16% com destaque para o
açúcar (-3,34%) e leite do tipo longa (-2,91%). E fazer as refeições
fora de casa implicou em pagar 0,97% mais do que em janeiro pelo mesmo
tipo de serviço.
As
famílias que mais sentiram o peso do ICV sobre o orçamento doméstico
foram as de classe média com renda média de R$ 934,17. Para esse
segmento social, a inflação teve uma variação de 0,65%, enquanto para os
consumidores de baixa renda (teto de R$ 377,49), o custo de vida subiu
com menos intensidade (0,54%) . Em referência aos que detém poder
aquisitivo maior (na faixa de R$ 2.792,00), o índice oscilou em 0,59%.
No
acumulado de um ano, os mais ricos foram os mais penalizados pela alta
de preços com inflação de 7,28% ante 6,22% pesquisado na classe média e
5,72% entre os mais pobres.
Fonte: Agência Brasil
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