Promulgada em 2008, a Lei Nacional
do Piso do Magistério (Lei 11.738) tem sido cumprida a duras penas pelos
municípios piauienses. Isso porque os
repasses do Governo Federal para os entes municipais não têm acompanhado os
mesmos índices de reajustes do piso, provocando um desequilíbrio financeiro,
além de extrapolar os limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
O atual reajuste de 8,32% elevou
o piso da categoria para R$ 1.697,37, em contraponto ao decréscimo de 40% do
FPM (Fundo de Participação dos Municípios) só no mês de março, esta que é a
principal fonte de recursos da maioria dos municípios do Piauí. Já o Fundeb
(Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica), que deveria destinar
60% de seus recursos para o pagamento dos professores, já é usado 100% para
esse fim em alguns municípios, demonstrando sua defasagem histórica que
compromete outras áreas da administração pública.
O presidente da Associação
Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, preocupado com a esta e outras
dificuldades criadas pelas obrigações e exigências legais repassadas pelo
Governo Federal, participará de uma mobilização nacional em Brasília, marcada
para o próximo dia 25 de março.
“As reivindicações dos
professores e de outras categorias são justas e nós prefeitos levaremos suas solicitações
ao congresso e a presidente Dilma, que devem ser o foco das reclamações por
terem as condições de resolver esse desequilíbrio de contas. Lembramos que os municípios
são meros executores destes pisos e dos programas federais”, explica Arinaldo
Leal.
O presidente da APPM acrescenta
ainda que além da melhoria nos salários dos professores, os gestores municipais
preocupam-se em melhorar as condições de trabalho dos mesmos, o que tem
acontecido na maioria dos municípios piauienses com a construção de novas
escolas, reforma e climatização das já existentes, novos ônibus para transporte
escolar de alunos e professores, formação de professores e outros profissionais
da educação.
Fonte: APPM
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