O Ministério Público do Trabalho do
Piauí (MPT-PI) entrou com ação civil pública contra o Banco do Brasil. A
denúncia é de que a Superintendência da instituição no Piauí estaria
praticando assédio moral contra gerentes.
Procuradora do Trabalho Maria Elena Moreira Rêgo está no caso.
A
ação requer, ainda, o pagamento de multa no valor de R$ 10 milhões a
ser revertida em campanha publicitária para combater o assédio moral no
trabalho e o financiamento de programas de acompanhamento psicológico
aos trabalhadores vítimas da prática, se confirmada, na instituição.
Em
nota, o MPT revelou que as investigações tiveram início em janeiro de
2013 a partir de determinação do então procurador-chefe José Wellington
Soares. O objetivo era que fossem apurados fatos divulgados em matéria
jornalística que noticiava manifestação feita pelo Sindicato dos
Bancários no Piauí contra a prática de assédio moral.
Os
sindicalistas alegavam que a pressão sofrida pelos colaboradores estava
“adoecendo os funcionários, sendo que alguns estavam tomando remédio
controlado para trabalhar e outros, antecipando a aposentadoria”, diz o
comunicado.
A
procuradora do Trabalho Maria Elena Moreira Rêgo, responsável pela
investigação, escutou vários funcionários do Banco do Brasil no Piauí.
Alguns, na instituição há mais de 20 anos. Todos acusam a
Superintendência da instituição de assédio moral. “Ouvi relatos
emocionantes de homens angustiados. Trabalhadores que começaram a ser
cobrados e pressionados tão intensa e constantemente que não resistiram e
desistiram”, afirma a Procuradora.
Dos pedidos
A
ação civil pública, ajuizada no dia 16 de dezembro de 2013, foi
distribuída para a 4ª Vara do Trabalho de Teresina. Caso a Justiça do
Trabalho defira os pedidos do Ministério Público, o Banco do Brasil será
obrigado a pagar R$ 10 milhões em multa a título de dano moral
coletivo.
Na
mesma ação, a procuradora pede ainda a quebra de sigilo de dados
telefônicos de todos os celulares corporativos do Banco do Brasil no
Piauí para a empresa Telemar Norte Leste S/A, a fim de verificar a
frequência das ligações e envios de SMS’s.
Os
trabalhadores podem, ainda, entrar com ações individuais na Justiça do
Trabalho e pedir ressarcimento por danos materiais e morais individuais,
para reparar o valor gasto com remédios controlados e tratamento
terapêutico e o sofrimento psicológico sofrido.
Banco se posiciona
O
Cidadeverde.com entrou em contato com a assessoria de Comunicação e
Marketing do Banco do Brasil no Piauí e foi informado de que a
instituição ainda não foi notificada oficialmente sobre a ação pública.
O
caso já foi encaminhado para a Assessoria Jurídica do Banco que se
pronunciará formalmente apenas nos próximos dias sobre as acusações.
Fonte: Lívio Galeno / Cidade Verde
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