O volume das barragens do semiárido
chegou a 20%, a vazão considerada pequena, tem preocupado técnicos da
Agência Nacional de Água (ANA) que estão no Piauí para definir uma ação
conjunta com órgãos ligados aos recursos hídricos. Entre as medidas está
o racionamento da água das barragens e até o cancelamento da irrigação
inundada para a agricultura e a piscicultura.
As
barragens de Paulistana e Bocaina a vazão está a 20% e a média de
volume das barragens de todo o semiárido está em 35% e por isso a
tendência é o racionamento.
Uma alternativa encontrada foi de colocar os irrigantes para funcionar em dias alternados, com fiscalização efetiva dos órgãos.
De
acordo com o superintendente de regulação da ANA, Rodrigo Flecha, o
volume normal dessas barragens é de 65% a 67% e por isso estão sendo
feitas medidas de retenção. “Estamos adotando essas ações não só no
Piauí, mas também na Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte onde os níveis
estão críticos, sempre com o apoio das secretarias de meio ambiente, com
o DNOCS, Ibama e Ministério Público”, destacou.
O
secretário de Meio Ambiente (Semar), Dalton Macambira, ameaça cancelar a
irrigação de produtores rurais que trabalham com inundação.
“A
barragem está em um nível crítico e deverá haver racionamento, é
inadmissível trabalhar com agricultura inundada nessa situação. Ou mudam
a forma de utilizar ou vamos cassar as licenças ambientais porque a
prioridade é o abastecimento humano”, destacou Dalton Macambira.
O
coordenador do Departamento de Obras Contra a Seca, José Carvalho,
afirmou que é preciso minimizar a falta de água na região. “Por isso
precisamos agilizar o processo de outorga dos irrigantes, definir as
regras do uso da água e estudar alternativas de utilização racional
desse bem”, declarou.
Para
amenizar os efeitos da seca, o governo deve inaugurar na próxima
sexta(08) a adutora de Piaus I, em Pio IX beneficiando também os
municípios de São Julião, Campo Grande do Piauí, Fronteiras e Vila Nova
do Piauí, em mais de 25 mil pessoas, numa das regiões mais castigadas
pela estiagem.
Fonte: Cidade Verde
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