A diretora do C.E.E.P. Petrônio Portela (Centro Estadual de Educação
Profissional), o antigo Premen, Enói Cosme, falou à nossa reportagem
sobre os muitos problemas deixados pela construtora responsável pela
obra de reforma e ampliação; problemas estes que foram acentuados com o
início do período chuvoso. Nossa reportagem esteve na sede do C.E.E.P.
Petrônio Portela logo após a chuva que caiu na tarde desta
segunda-feira, dia 17.
Através de fotos e vídeos, que serão apresentados a seguir, é
possível ver que o teto da escola se torna um grande reservatório de
água a cada vez que chove, pois, segundo a diretora, as telhas estão mal
colocadas e com isso a água escoa para o teto que é de material
plástico – PVC ou de isopor.
A situação se repete na grande maioria das salas, corredores e
laboratórios, colocando em risco a segurança de alunos e funcionários. A
diretora teme que a qualquer momento, caso a chuva persista, haja um
novo desabamento: “Há uns vinte dias, quando caiu uma forte chuva, o
teto do pátio desabou e a sorte é que foi num dia de sábado, não haviam
alunos na escola”, disse Enói. Ela informa ainda que as autoridades
competentes, como a 9ª Gerência Regional de Educação e a Secretaria
Estadual de Educação, bem como a construtora responsável pela obra, a
“Construtora Paulo Lopes”, já foram devidamente informados dos
problemas, mas que até agora ninguém se manifestou para solucionar o
problema.
Além dos riscos de desabamentos, a diretora teme que por conta da
rede elétrica estar comprometida, aconteçam acidentes como choques
elétricos e curto-circuitos: “escorre água das tomadas e lâmpadas. Todo
mundo sabe que eletricidade não combina com água e a qualquer minuto uma
pessoa vai ligar uma lâmpada ou ligar um aparelho elétrico e pode levar
um choque ou pior, pode ocasionar um curto-circuito. Quem vai se
responsabilizar por isso?”, questiona Enói.
Em algumas salas de aula os alunos assistiam aula com o guarda-chuva
aberto, pois era o único jeito de não se molharem. A biblioteca e a sala
utilizada como laboratório de informática estão debaixo d’água. Os
livros estão se molhando e os computadores cobertos com plásticos. “EU
estou pedindo socorro! Se continuar chovendo eu vou liberar os alunos
porque não vou permitir que morra alguém”, falou.
Em março de 2013 o Folha Atual acompanhou a paralização das aulas por
conta dos inúmeros problemas de ordem elétrica, além de piso afundando,
telhas arrancadas, falta de ligação elétrica em pontos estratégicos da
escola, refletores insuficientes na quadra poliesportiva, portas
frágeis, além do notável atraso da obra. Custando ao todo 3 milhões de
reais, a obra deveria ter durado seis meses, mas foi entregue dois anos e
meio depois.
E os problemas não param por aí. Enói disse ao Folha Atual que a
escola permaneceu de setembro de 2013 até janeiro de 2014 sem receber o
repasse mensal que é de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). O último repasse
feito foi no dia 04 de setembro de 2013 e só no dia 31 de janeiro de
2014 voltou a ser feito e o mesmo não foi retroativo. Este dinheiro é
usado para suprir as necessidades básicas dos cursos oferecidos pela
escola, como EaD, Pronatec da escola, é utilizado ainda para a compra de
cartuchos e toners de impressoras para que as atividades e provas sejam
impressas, reposição de lâmpadas queimadas, compra de material de
limpeza e pagamento de prestadores de serviços, como pedreiros e
eletricistas.
“Eu tenho uma dívida de quase R$ 20.000,00 que está em meu nome. Nos
meses em que a escola não recebeu o repasse eu comprei fiado o que a
escola estava precisando. Tô devendo na papelaria, na loja de material
de construção, material de limpeza e assim as coisas estão andando”,
desabafou Enói.
"Domingo tem prova da Policia Militar do PI aqui no Premen, corremos o risco de não ter condições de fazê-lo caso chova", finalizou Enói.
CONSTRUTORA
Nossa reportagem procurou o responsável pela construtora, o engenheiro
Paulo Lopes e foi informada por ele de que no contrato que foi firmado e
cumprido, a construtora deveria revisar o telhado e não fazer a troca
das telhas: "A diretora tem razão de reclamar, mas ela tem que reclamar
das pessoas certas. Minha construtora foi paga para revisar o telhado e
não para trocar as telhas. Aquelas telhas são velhas, possuem mais de 30
anos, mas no nosso contrato não havia acerto para a troca e sim para
reparos e os reparos foram feitos", disse Paulo Lopes por telefone.
Fonte: Folha Atual
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
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