A reportagem cita o Piauí como um dos estados em que os dois partidos, após uma longa aliança, irão se enfrentar nas eleições deste ano. O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) é o candidato da base governista e irá enfrentar o senador Wellington Dias (PT), que já foi governador e teve o PMDB em seu governo. No Piauí, o PMDB está aliado com o PSB e deve fechar aliança com o PSDB. Ambos com pré-candidatos à presidência da república. Apesar disso o partido no Piauí afirma que irá apoiar a pré-candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Imagem: Geísa Chaves / GP1Marcelo Castro (PMDB)
Essa
divergência que vem acontecendo entre o PMDB e o PT em vários estados
pode ter um impacto negativo na tentativa de reeleição de Dilma. O PMDB
atualmente descarta a possibilidade de não apoiar a presidente Dilma
nacionalmente, mas o próprio vice-presidente da república Michel Temer
(PMDB), afirmou que a sua pré-candidatura reeleição de vice não será
empecilho para qualquer decisão que o partido tomar.“Para mim, isso (o partido) está acima de projeto pessoal (a vice) e farei todo esforço para manter a aliança, mas o que o partido decidir, eu acato”, disse Michel Temmer.
Imagem: ReproduçãoVice-presidente Michel Temer
Líder
dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff por quase seis
anos, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) considera improvável um rompimento
na aliança nacional, mas destaca que não basta ter esse compromisso
para o sucesso da reeleição de Dilma. É preciso engajamento.“Na maioria dos estados vai haver disputa regional, mas esperamos que num clima de aliança nacional. A situação de 2014 é mais complexa que em 2010, e isso requer mais atenção. Vai ser preciso mais tolerância, os palanques regionais vão estar mais conturbados, o clima mais nervoso e a eleição é mais difícil. Então todo cuidado é pouco. É preciso haver uma hecatombe de coordenação política para haver risco para a aliança. Mas ter a aliança é só a primeira etapa, ter todo mundo engajado é a segunda etapa. A aliança por si só não ganha eleição”, explica.
Imagem: ReproduçãoPresidente Dilma Rousseff
Há um temor crescente dentro do PMDB em relação à postura que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula tomarão durante a campanha.
A situação está tão complicada para o PT, que a presidente Dilma Rousseff pode deixar de visitar alguns estados durante o período eleitoral para não poder prejudicar o seu apoio em chapas diferentes. No Piauí, a presidente Regina Sousa afirmou que Lula virá ao estado apoiar o senador Wellington Dias, mas que o caso de Dilma é mais complexo e que ainda não foi informada sobre a sua estratégia para o estado.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wellington Dias
A
reportagem afirma que o Partido dos Trabalhadores estão sofrendo
pressão em vários estados principalmente porque os peemedebistas não se
esquecem da disputa de 2010 na Bahia, onde o ex-ministro Geddel Vieira
Lima (PMDB) havia acertado um acordo pelo qual a então candidata Dilma
se comprometera em não privilegiar nenhum candidato da base, mas
conforme a disputa avançou acabou mergulhando na campanha à reeleição do
governador Jaques Wagner (PT) e abandonou Geddel.O Globo também divulgou um mapa que mostra a situação do PMDB com o PT no país. No mapa, o partido no Piauí é apontado como provável candidato a abandonar a candidatura de Dilma.
Imagem: ReproduçãoMapa mostra divergência entre o PT e o PMDB
Fonte: GP1
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